20 April 2025
Graça
Ela simplesmente é. Não por algo. Nem apesar de tudo. Mas porque tu és.
Isto não é uma luz celestial. Nem um dom oferecido por engano.
É uma presença silenciosa que sempre esteve contigo, embora te tenham ensinado que seria preciso merecê-la.
Mas a graça não é recompensa.
Ela simplesmente existe.
A graça é como um véu translúcido — não pesa, não controla.
Apenas repousa.
Suavemente.
Tão suavemente que mal se sente — e, no entanto, tudo dentro se aquieta.
Não por medo, mas por reconhecimento.
É o momento em que nada precisa ser explicado, porque tudo já foi perdoado, visto e acolhido.
A figura feminina nesta obra não suplica, não implora.
Ela está apenas aberta.
As mãos não se erguem nem se fecham — apenas acolhem.
E nesse acolhimento — há força.
A força de ser. Sem condições.
Alt-text:
Figura feminina de cabelos curtos iluminada por uma luz suave que desce do alto. Um véu translúcido em tons dourado-rosados envolve o corpo. As mãos estão estendidas para a frente, com as palmas voltadas para cima. O fundo em tons pastel transmite serenidade, abertura e calor silencioso.
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Anna Pivtorak
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20.04.2025